20-07-2024 > 19-01-2025

Centro de Arte e Cultura, Piso 0 / Sala Rostrum

Aprendei, mortais, a buscar as coisas do céu

Mariajosé Gallardo

EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL

De terça-feira a domingo, 10h00-13h00 / 14h00-18h00 | Entrada livre

 

Colaboração transfronteiriça com MEIAC - Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, Badajoz
 

Em 1506, o Mestre Rodrigo Fernández de Santaella, clérigo e doutor em Teologia, patrocinou a criação do que viria a ser a sua Universidade em Sevilha. Os restos mortais deste humanista, teólogo e pregador repousam no interior da pequena capela de Santa María de Jesús, único vestígio que resta da primitiva fundação universitária, um edifício de nave única presidido por um impressionante retábulo gótico no qual é possível adivinhar as formas renascentistas características do pintor Alejo Fernández. Na laje que cobre o seu túmulo pode ler-se a frase Aprended mortales a buscar las cosas del cielo.

Mariajosé Gallardo resgata a frase do epitáfio de Rodrigo Fernández de Santaella como título desta exposição que agora é apresentada no Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida, no âmbito de uma colaboração com o Museu Extremenho e Ibero-americano de Arte Contemporânea, em Badajoz.  As obras apresentadas em Aprendei, mortais, a buscar as coisas do céu instigam o observador a forçar uma interpretação subjetiva das formas e cenas sugeridas, repletas de simbologia e extraídas de fontes díspares, alteradas e justapostas, nas quais os estilos se misturam totalmente.

Quando se consegue não cair na ortodoxia do místico ou do cético, é inevitável que, às vezes, o profano se torne divino e o divino se torne profano. Naquela margem onde as ondas do divino quebram e penetram na areia do profano, é conjurada a exposição Aprendei, mortais, a buscar as coisas do céu, de Mariajosé Gallardo.

Descarregue AQUI a brochura da exposição
 



MARIAJOSÉ GALLARDO (Villafranca de los Barros, Badajoz, 1978)
Licenciada em Belas Artes, com especialidade em Desenho e Gravura, pela Universidade de Sevilha. Membro fundador da Sala de eStar, expôs individualmente em diversas galerias como a Galeria Delimbo ou a Galeria Estampa em Madrid. Coletivamente e a destacar, tem participado em diversas edições de feiras como a ARCO, a ARTELISBOA ou a Feira de Arte Contemporânea de Santander, no Hangar-7 (Salzburgo), na Galerie Wies Willemsen em Amesterdão, no Instituto Cervantes em Tóquio ou no Centro Cultural da Espanha, em Lima. Distinguida com vários prémios, como a Menção Honrosa no V Prémio de Pintura ABC ou o Primeiro Prémio no Concurso de Pintura Focus Abengoa. A sua obra encontra-se em diversas coleções públicas e privadas: Coleção Base Wiem, Centro Andaluz de Arte Contemporânea, Instituto Andaluz da Juventude, Junta de Extremadura, Coleção Cajasol, Museu de Obras Gráficas de San Clemente. Fundação A.Pérez de Cuenca, Fundação Focus Abengoa, Coleção Grupo Lozano, Coleção Colégio de Engenheiros Técnicos de Sevilha ou Coleção Red Bull.