Fundação Eugénio de Almeida promove iniciativa para promoção do Voluntariado Ambiental

A Fundação Eugénio de Almeida promoveu, no dia 7 de novembro, o Encontro o Contributo do Voluntariado para a Conservação e Proteção do Património Natural e Ambiental, no qual participaram mais de 40 pessoas para ouvir o testemunho e a experiência de 5 projetos de voluntariado ambiental.

A edição deste Encontro teve como objetivo promover a reflexão e a ação voluntária em torno dos temas do voluntariado ambiental e de conservação do património natural, tendo para isso convidado um conjunto de 5 entidades a apresentar a sua prática, enquanto ponto de partida para a reflexão e a ação.

Sob moderação da Professora Doutora Maria Ilhéu, do Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento da Universidade de Évora, e também ligada ao Movimento EcoVernay, os convidados apresentaram os seus trajetos pessoais, organizações e projetos de voluntariado.

Marta Cabral da Associação Rota Vicentina, Raquel Marques da Câmara Municipal do Barreiro e Luís Jordão da Associação Montis, apresentaram projetos de Voluntariado para a Conservação e Proteção da Natureza nas mais diversas áreas, como seja o combate às invasoras, ao incentivo ao turismo de natureza e ao conhecimento da comunidade local e da descoberta do nosso legado natural e patrimonial a partir das organizações sociais, das empresas e das escolas, todos com recurso ao voluntariado. Foi ainda apresentado, por Luís Jordão, um projeto exclusivamente dirigido ao voluntariado ambiental de jovens do European Solidarity Corps, o qual envolveu outras 8 organizações nacionais.

Paula Vaz, da Agência Portuguesa do Ambiente e coordenadora do Projeto de Voluntariado para Água, falou-nos da importância da água como património transversal e do papel importantíssimo do Voluntariado para a sensibilização para os problemas ambientais, aproximação e vivência da realidade dos problemas ambientais, muitas vezes distantes, e do enorme contributo desta prática para a monitorização e gestão participada dos recursos hídricos.

Finalmente, Maria João Rosado, 2ª Comandante Operacional Distrital do Comando de Operações de Socorro de Évora, ressalvou a importância da  participação comunitária, através da prática de voluntariado para a proteção civil, e da responsabilização de todos como parte da solução dos problemas comunitários, e como parte de uma estratégia para uma proteção civil preventiva, apresentando o estatuto das organizações de voluntariado para a proteção civil, criado pela portaria nº91/2017 de 2 de março. Informou ainda sobre a campanha de angariação de novos bombeiros voluntários para o Distrito de Évora.

Os testemunhos completaram-se com a apresentação de Nuno Camelo, Dirigente do Agrupamento de Escuteiros 320 de Évora. Nuno apresentou o projeto Lobitos Defensores da Terra, dirigido a crianças entre os 6 e os 10 anos de idade que, pela pedagogia do exemplo do jogo “Ask the boy”, desenvolve um projeto de educação ambiental que incentiva ao desenvolvimento pessoal de cada criança e ao desenvolvimento comunitário.

A partilha de ideias e preocupações, o cruzamento de interesses e motivações deu lugar a um debate participado pela audiência e convidados, durante o qual os participantes reforçaram algumas ideias, de entre estas a importância da importância do voluntariado e de educar para a cidadania, para a preservação do meio ambiente e conservação da natureza, mas sobretudo para a manutenção de valores e para o recurso ao voluntariado como meio de transformação social, neste contexto o voluntariado FOCA ( forma, organiza, coordena e promove o amor/solidariedade).

A Fundação Eugénio de Almeida, com este Encontro, espera assim fomentar mais e novos projetos de voluntariado ambiental, promover o network entre organizações que já promovem esta prática e proporcionar aos voluntários novas oportunidades de voluntariado, tendo como objetivo final, promover a conservação e a proteção do património natural e ambiental da nossa região.

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