Convento da Cartuxa
O Convento da Cartuxa, em Évora é dedicado à Virgem Maria, sob a denominação de Scala Coeli, a Escada do Céu.A sua fundação, em dezembro de 1598, deve-se ao arcebispo de Évora D. Teotónio de Bragança. Além de ter financiado a sua construção e de lhe ter deixado todos os seus bens depois da morte, dotou-o de uma notável Livraria, parcialmente desaparecida depois do liberalismo. Entre os seus tesouros, encontravam-se o apógrafo do Leal Conselheiro, de D. Duarte, e o Atlas de Fernão Vaz Dourado, hoje salvaguardados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. De todo o edifício ressalta aquele que é considerado o maior claustro português (com 100 m de lado e 19 arcos), e a Igreja, classificada como Monumento Nacional desde 1910.Com a extinção das Ordens Religiosas em 1834, o Convento da Cartuxa foi integrado ma Fazenda Nacional, vendido e convertido numa escola agrícola, até que foi adquirido, em 1869, por José Maria Eugénio de Almeida. Em 1960, o seu bisneto Vasco Maria Eugénio de Almeida resgatou o convento da ruína e devolveu-lhe a beleza e a dignidade primitivas, criando as condições para o regresso dos monges cartuxos à sua casa de Évora. Por vontade do seu Instituidor, a Fundação Eugénio de Almeida assegura hoje a manutenção e preservação deste tesouro histórico, artístico e espiritual da cidade de Évora, único no país.