Casas Pintadas
As Casas Pintadas devem o seu nome ao singular conjunto de frescos quinhentistas que decora a galeria e o oratório anexo integrados no jardim. À época da execução dos frescos, as Casas Pintadas pertenciam a D. Francisco da Silveira, 3º Coudel-mor de D. Manuel I e de D. João III e um poeta de referência no Cancioneiro Geral. Em finais do século XVI, as Casas Pintadas foram anexadas ao Palácio da Inquisição para servir de moradia aos juízes do Santo Ofício.
No século XIX existiu no conjunto habitacional das Casas Pintadas um teatro denominado “Teatro Eborense”, a primeira sala pública de espetáculos de Évora. No início da década de sessenta do século XX, Vasco Maria Eugénio de Almeida, Instituidor da Fundação, adquiriu o imóvel que adaptou e cedeu para residência da Companhia de Jesus em Évora. Os sacerdotes jesuítas foram responsáveis pela coordenação científica do ISESE (Instituto Superior Económico e Social de Évora), criado em 1964, que funcionava no contíguo Palácio da Inquisição, já então propriedade da Fundação e que acolhe hoje o Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida.
As decorações da galeria do jardim são das mais interessantes manifestações artísticas do género existentes em Portugal e um exemplar único da pintura mural palaciana da primeira metade do século XVI. Em 2008, a Fundação levou a cabo um projeto de valorização e requalificação do jardim das Casas Pintadas e, em 2011, o conjunto fresquista foi objeto de estudo e de uma intervenção de consolidação e restauro, estando hoje acessível ao público através de um programa de visitas guiadas.
A galeria das Casas Pintadas está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1950.O Jardim das Casas Pintadas integra a Rota do Alentejo da Associação Portuguesa dos Jardins Históricos. Saiba mais informações AQUI.