De terça-feira a domingo, 10h00-13h00 / 14h00-18h00
Entrada livre
Fenda é uma exposição que interroga vários aspetos das relações da sociedade e da arte perante a pobreza. A exposição pretende ser sobretudo uma mostra dedicada à criação contemporânea, quer pelo recenseamento de artistas em cuja obra as questões sociais tenham relevância, quer através de propostas ou desafios feitos a um conjunto de criadores que manifestam interesse em abordar a temática da pobreza nos vários aspetos em que o problema emerge na sociedade atual. Um conjunto de peças histórica e artisticamente relevantes da arte do passado cruza-se com as linguagens contemporâneas, dialogando com elas e mostrando o “lastro” artístico e histórico da perceção da pobreza em vários contextos epocais.
Com obras de António Olaio, Carlos No, Daniel Blaufuks, Domingos António Sequeira / Gregório Francisco Queirós, Fábio Colaço, Guima [António de Guimarães], Horácio Frutuoso, Isabel Cordovil, João Ferro Martins, Júlio Pomar, Leonel Marques Pereira, Luca Giordano, Manuel Filipe, Patrícia Almeida / David-Alexandre Guéniot, Pedro Barateiro, Pedro Nunes, Pieter Brueghel, Sara Graça, Vieira Portuense.
DESCARREGUE aqui os textos dos curadores e as biografias dos artistas.
PROGRAMA INAUGURAL
29 de abril | 17h00
Performances com os artistas António Olaio e Liliana Velho
Pão de Deus
Performance de António Olaio
Esta performance é uma homenagem ao artista Armando Azevedo falecido em 2020. Se fosse o Armando a dar-lhe o título, possivelmente escreveria Pão de D’eus. Um Deus que resulta de muitos eus, possivelmente, de todos.
Os Cardos do meu Verão
Performance de Liliana Velho
O que está envolvido na acção de dar? O que é um presente? Quem dá? Quem recebe e porquê? Dar, evoca uma variedade de gestos e práticas, onde existem sempre três elementos essenciais envolvidos, o doador, o presente e o receptor. São gestos que despertam os sentidos e podem gerar transformações. O que é preciso fazer para receber um presente? O que faz um presente a quem o recebe? Há obrigação de retribuir? Como responder?
JOAQUIM OLIVEIRA CAETANO
Nasceu em Beja, a 10 de Julho de 1962. É licenciado em História de Arte (1987), pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; mestre em História de Arte (1997), pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e doutorado em História (2014), pela Universidade de Évora. Publicou inúmeros artigos sobre a História da Arte em Portugal, dedicando-se principalmente ao estudo da pintura. Foi diretor do Museu de Évora (1999-2010) e atualmente é o diretor do Museu Nacional de Arte Antiga.
FRANCISCA PORTUGAL
Master in Fine Arts Curating pela Goldmiths University of London (2019-2021). Curadora e escritora independente com projectos de exposições e programação apresentados em Lisboa, Porto, Londres, Berlim e Paris. Já fez parte de organizações como a Lisbon Art Weekend, Berlin Art Prize, AZAN Contemporary, Duplex Air e escreve com regularidade para a revista UMBIGO. Atualmente, gere um estúdio e plataforma online que presta apoio a artistas emergentes internacionais (Rato ao Sol).